Devaldo vai comentar ainda sobre a tragédia  amanhã aos fiéis durante sermões na missa das 07 e 19 h, na Matriz, no Centro .

Padre disse que todos devem olhar o caso com “espírito cristão” . Padre pede ainda “compaixão”

O   Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, Padre

Devaldo Lorençutti, vai falar aos fiéis amanhã (23) durante o sermão da missa das 07hs, na Matriz Nossa Senhora da Conceição, no Centro da cidade, sobre o caso da Pastora Juliana Allves, presa na Penitenciária de Teófilo Otoni (MG), região Leste do estado mineiro, acusada na participação da morte de seus dois filhos juntamente com seu marido, Pastor Georval Alves, de 36 anos.

O caso tem tido grande repercussão nas mídias sociais em todo o País e especialmente em Linhares, cidade onde nasceu e mora a pastora. Dada a gravidade da forma que os crimes foram cometidos contra   as crianças Kauã e Joaquim – espancamento, estupro e corpos queimados, segundo apontam as investigações –  tem gerado comentários de indignação, revolta e ofensas nos comentários.

Falando com exclusividade ao Radar Geral, o Pároco, muito querido e respeitado pela comunidade católica local,  disse que “não acompanha muito o caso, por não ter tempo, mas “que todos devem olhar com o espírito mais cristão para a situação”.

“Quem erra hoje, pode se redimir amanhã. As pessoas devem esperar que a Justiça seja feita. Apesar de errarmos, somos todos filhos de Deus, do Criador, e não podemos nos esquecer disso, como ensina a nossa Igreja. Foi um crime difícil, mas devemos ter compaixão, como ensinou Jesus Cristo. Esse é o caminho para que todos nós tenhamos paz nas situações que chegam até nós, as vezes, as mais piores e mais terríveis”, observou.

As palavras do Padre encontraram eco no evangélico Adolfo Melo,30, morador do Bairro Novo Horizonte (BNH) e frequentador do Ministério Vida. “O Padre está correto em falar isso. Todo mundo tem direito ao perdão. A bíblia fala que devemos sempre perdoar, não sete, mas setenta vezes”, acredita.

OUTROS – O trabalhador em retífica Luzimar Dias Nascimento,54, morador do bairro Interlagos, ao analisar os crimes cometidos por Georgeval e Juliana “é um ato a se pensar”.

“Acho que a população não deve aceitar isso para que não volte a acontecer. A sociedade hoje em dia está confusa e valoriza as coisas materiais”, afirma.

O estudante João Victor, de 16 anjos, disse “que “viu pela televisão e ficou muito triste com os crimes praticados”.