Teófilo Otoni é a maior cidade do Vale do Mucurí
Polícia

Julliana Salles ficou quase dois dias só bebendo água e cidade mineira acompanha atenta o caso

A advogada da pastora, Milena Freire, considera prisão desumana.

Milena  vai entrar com pedido de  Habeas Corpus e prisão domiciliar para Juliana.

A pastora Juliana Salles passou por um período de quase dois dias sem si alimentar, apenas tomando água, apesar da insistência de policiais que cuidavam dela para que se alimentasse.  Juliana se manteve ainda calada e não conversou com ninguém na delegacia de Polícia Civil onde chegou a ficar por 17 horas, segundo apurou Radar Geral.

Juliana    está presa no pavilhão feminino do presídio de  Teófilo Otoni (MG), há 495 quilômetros da Capital Belo Horizonte . “Ela se recusou a receber na delegacia qualquer alimento durante o tempo em que esteve aqui  ”, disse ao Radar Geral a investigadora de Polícia Civil Nathamires Rodriguês,  que trabalhou no dia em que Juliana ficou no local  por cerca de 17 horas.

 

Presídio mineiro onde Juliana Salles está presa
Presídio mineiro onde Juliana Salles está presa

No presídio do município um agente informou, por telefone, “que Juliana chegou a ficar também por várias horas   sem comer nada”. Radar Geral tentou falar com o diretor da unidade e com a advogada de Juliana –  Milena Freire –  para checar a veracidade dessa informação , mas não obteve êxito.

 A advogada vai  pedir Habeas Corpus e prisão domiciliar para a mãe de Joaquim e Kauã, mortos carbonizados em um incêndio na residência onde moravam, em Linhares, no dia 21 de abril deste ano. A advogada –  conforme foi divulgado na imprensa de Linhares (ES) –    entende a prisão de Juliana como arbitrária e sem qualquer justificativa. “Ela é mãe de uma criança de um ano e um mês que ainda amamenta”. De acordo com o entendimento da defesa, a prisão é desumana.
“A prisão de Juliana nos deixou estarrecidos, já que já havia sido encerrado o inquérito, em que os delegados deixaram claro a inexistência de qualquer indício que a vinculasse aos fatos” disse a advogada. A defesa ainda confirmou que a criança mais nova está com a avó no Espírito Santo e disse ainda que a defesa não teve acesso aos documentos acostados aos autos após relatório final dos delegados, necessários para os pedidos de habeas corpus e prisão domiciliar.
Teófilo Otoni é a maior cidade do Vale do Mucurí
Teófilo Otoni é a maior cidade do Vale do Mucurí e onde a pastora está presa

REPERCURSSÃO – Os moradores de Teófilo Otoni, maior cidade do Vale do Mucuri, com cerca de 140 mil habitantes e situada na região Leste de Minas Gerais, acompanham o caso da Pastora Juliana. Moradora da cidade “ Capital das Pedras Preciosas” – como Teófilo Otoni é conhecida, a estudante de direito (foto)  Kamila Ferreira Neves,22,  disse que sabe da presença da Pastora Juliana Salles na cidade e  “que acompanha o caso desde o começo” e prefere “não ir pelo lado emocional, de mãe” e que  vai “aguardar as  posições  definitivas do Judiciário”.

César dos Santos, 43, que trabalha numa loja de materiais de construção no centro de Teófilo Otoni contou que “ficou perplexo com o desfecho da história, que envolveria Juliana diretamente nos crimes, caso  que acompanha desde o início”.

 

Kamila Ferreira Neves, estudante de Direito
Kamila Ferreira Neves, estudante de Direito

O vendedor autônomo Carlos Fernando Batista disse que acompanha o caso e que na cidade não se comenta outra coisa. “ Nossa, que situação. É uma situação  lamentável de se ficar sabendo, as pessoas deveriam ser mais tranquilas e passar pela vida sem correria e sem ambição. Por causa das coisas materiais, muitos passam até por cima dos pais”, disse.

 

 

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