A advogada da pastora, Milena Freire, considera prisão desumana.
Milena vai entrar com pedido de Habeas Corpus e prisão domiciliar para Juliana.
A pastora Juliana Salles passou por um período de quase dois dias sem si alimentar, apenas tomando água, apesar da insistência de policiais que cuidavam dela para que se alimentasse. Juliana se manteve ainda calada e não conversou com ninguém na delegacia de Polícia Civil onde chegou a ficar por 17 horas, segundo apurou Radar Geral.
Juliana está presa no pavilhão feminino do presídio de Teófilo Otoni (MG), há 495 quilômetros da Capital Belo Horizonte . “Ela se recusou a receber na delegacia qualquer alimento durante o tempo em que esteve aqui ”, disse ao Radar Geral a investigadora de Polícia Civil Nathamires Rodriguês, que trabalhou no dia em que Juliana ficou no local por cerca de 17 horas.
No presídio do município um agente informou, por telefone, “que Juliana chegou a ficar também por várias horas sem comer nada”. Radar Geral tentou falar com o diretor da unidade e com a advogada de Juliana – Milena Freire – para checar a veracidade dessa informação , mas não obteve êxito.
REPERCURSSÃO – Os moradores de Teófilo Otoni, maior cidade do Vale do Mucuri, com cerca de 140 mil habitantes e situada na região Leste de Minas Gerais, acompanham o caso da Pastora Juliana. Moradora da cidade “ Capital das Pedras Preciosas” – como Teófilo Otoni é conhecida, a estudante de direito (foto) Kamila Ferreira Neves,22, disse que sabe da presença da Pastora Juliana Salles na cidade e “que acompanha o caso desde o começo” e prefere “não ir pelo lado emocional, de mãe” e que vai “aguardar as posições definitivas do Judiciário”.
César dos Santos, 43, que trabalha numa loja de materiais de construção no centro de Teófilo Otoni contou que “ficou perplexo com o desfecho da história, que envolveria Juliana diretamente nos crimes, caso que acompanha desde o início”.
O vendedor autônomo Carlos Fernando Batista disse que acompanha o caso e que na cidade não se comenta outra coisa. “ Nossa, que situação. É uma situação lamentável de se ficar sabendo, as pessoas deveriam ser mais tranquilas e passar pela vida sem correria e sem ambição. Por causa das coisas materiais, muitos passam até por cima dos pais”, disse.
Por que ela não quis comer se no dia seguinte à morte dos filhos ela foi em uma lanchonete encher o bucho.