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Polícia

Em velório, amigos e familiares lamentam morte de caminhoneiro

O acidente aconteceu quando ele perdeu o controle da direção no KM 351, próximo ao trevo de Jabaquara.

Klebson estava transportando uma carga de trigo a serviço da Mazam Transportes, de Vila Velha.

 

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Velório na residência no Canivete

O corpo do caminhoneiro Klebson Geraldino Menine, de 37 anos –  e não Cleber Fraga, conforme RadarGeral.Com e a imprensa local divulgaram ontem – será sepultado hoje (25) até às 15 h no Cemitério São José, no Bairro Novo Horizonte (BNH), em Linhares, no Norte Capixaba e há 133 KM da capital Vitória. Klebson morreu na manhã de ontem vítima de acidente de trânsito em Anchieta, no Sul do Espírito Santo. O acidente aconteceu quando ele perdeu o controle da direção no KM 351, próximo ao trevo de Jabaquara, distante de Guarapari cerca de 27,3 KM.  Klebson morreu na hora, esmagado pela boleia do veículo. O caminhão ficou de rodas para cima. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) o local que vitimou Klebson acontece sempre acidentes fatais.

 

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Klebson, partida prematura no volante de um caminhão, pessoa trabalhadora e honesta

O corpo do caminhoneiro está sendo velado na Avenida Espírito Santo, 173, em frente ao Salão da Graça, via transversal a estrada que dá acesso ao Polo Moveleiro, no bairro Canivete. Klebson era muito querido por familiares e colegas de profissão, sendo reconhecido por ser pessoa trabalhadora e honesta. Há quatro meses, ele comprou financiado o caminhão que dirigia do amigo Fábio Gama Poli, o Fabão Gente Fina. Palmeirense de coração, o caminhoneiro deixa esposa e uma filha de dez anos.

Klebson estava transportando uma carga de trigo a serviço da Mazam Transportes, de Vila Velha, na Região Metropolitana de Vitória. Tanto o caminhoneiro quanto sua família são muito conhecidos e queridos em Linhares. Klebson, segundo um irmão, havia se afastado por um longo tempo das estradas. Ele trabalhou na Feijão É Nico, Rimo, e outras empresas de Linhares. Seu colega de profissão Wender dos Reis da Silva contou que “recebeu a notícia morte do amigo em sua casa, no Canivete. Quem me ligou foi minha mulher, que é parente dele. Foi uma notícia triste e desagradável. Ele (Klebson) era uma boa pessoa, trabalhadora e honesta até onde sei”, disse. Um dos irmãos do caminhoneiro, Claudivan Geraldino Menini,32, era só tristeza. “Quem me telefonou avisando foi um caminhoneiro nosso amigo sobre o acidente. Foi um choque. Estou sem palavras para comentar”, lamentou. (Mais fotos abaixo).

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Populares olham consternados o caminhão de Klebson

OUTRO – O caminhoneiro Fábio Ribeiro Nunes, o popular Gargamel, 38, morreu também quando o caminhão em que ele conduzia passava por uma ponte do Rio Jucu, em Vila Velha. Fábio também morreu na hora. Fábio era solteiro e segundo amigos o caminhão que dirigia era de sua propriedade e tinha seguro. Gargamel era pessoa popular e querido por familiares e amigos. Foi na semana passada.

SAIBA MAIS – Entre todas as categorias, a profissão de caminhoneiro é a que mais registra mortes em acidentes de trabalho. A idade média dos motoristas é de 44,3 anos e a renda mensal líquida média é de R$ 3,9 mil, sendo que caminhoneiros autônomos ganham R$ 4,1 mil e caminhoneiros empregados de frota, R$ 3,4 mil. Segundo pesquisa da CNT a frota tem em torno de 13,9 anos (16,9 anos dos veículos dos autônomos e 7,5 anos dos veículos de frota). Os caminhoneiros rodam cerca de 10 mil km por mês e trabalham aproximadamente 11,3 horas por dia. 86,8% afirmam que houve queda da demanda por seus serviços em 2015. Desses, 74,1% alegam que o motivo foi a crise econômica. No total, 44,8% têm alguma dívida a vencer. Sobre os entraves da profissão, 46,4% citam o custo do combustível e 40,1% relatam que o valor do frete não cobre as despesas. Outros pontos negativos são: perigo/insegurança (60,6%), o fato de ser uma profissão desgastante (34,9%) e o comprometimento do convívio familiar (32,1%). Em relação aos pontos positivos, eles destacaram a possibilidade de conhecer novas cidades/países (47,0%), a possibilidade de conhecer pessoas (33,0%) e o fato de a profissão ser desafiadora e aventureira (28,5%).

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Localização de Jabaquara ES

A maioria (88,4%) tem conhecimento sobre a Lei do Caminhoneiro, mas 34,7% não estão satisfeitos e não cumprem o tempo de descanso. Os caminhoneiros reclamam também das más condições de infraestrutura de apoio das rodovias. Sobre a saúde, 44,6% procuram profissionais dessa área para prevenir doenças e 24,0% utilizam ou já utilizaram medicamento controlado. Desse total, 57,7% para hipertensão. 59,9% disseram consumir bebida alcoólica apenas aos finais de semana. 45,6% dos caminhoneiros receberam oferta de algum tipo de droga ou substâncias ilícitas. Do total de caminhoneiros entrevistados, 12,1% chegaram a experimentar.

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Local do velório

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