Economia

ÊXODO – Japão inicia ‘êxodo industrial em massa’ da China

  Os planos causaram arrepios no Partido Comunista Chinês, à medida que mais economias do mundo estão prontas para seguir o exemplo japonês

 O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, propôs “construir uma economia menos dependente de um país, a China, para que o país possa evitar melhor as interrupções da cadeia de suprimentos”, informou a Nikkei Asia Review. (Continua).

  A proposta desencadeou um debate acalorado no mundo político chinês.

Os planos causaram arrepios no Partido Comunista Chinês, à medida que mais economias do mundo estão prontas para seguir o exemplo japonês. Reino Unido, UE e Estados Unidos podem seguir o exemplo.

Em Pequim, diz-se que os figurões do Partido Comunista Chinês (PCCh) estão em pânico. (Continua).

  Em Zhongnanhai, área no centro de Pequim onde os líderes do Partido Comunista Chinês e o governo do Estado têm seus gabinetes, “agora existem sérias preocupações sobre empresas estrangeiras que se retiram da China”, disse uma fonte econômica chinesa à Nikkei Asia Review. “O que foi particularmente discutido é a cláusula do pacote econômico de emergência do Japão que incentiva (e financia) o restabelecimento das cadeias de suprimentos”.

Se a pandemia não tivesse acontecido, a primeira visita de Estado do ditador comunista chinês, Xi Jinping, ao Japão já teria ocorrido, com Xi orgulhosamente declarando uma “nova era” das relações sino-japonesas. Ele teria aplaudido Abe, enquanto o Japão se prepararia para o próximo grande evento, as Olimpíadas de 2020.

Em vez disso, a viagem de Xi e as Olimpíadas de Tóquio foram adiadas, e as relações sino-japonesas se encontram em uma encruzilhada.

Nova Política de Abe

Os sinais da nova política de Abe eram visíveis em 5 de março.

Finalmente, o Japão conseguiu evitar o desastre do navio de cruzeiro Diamond Princess, mas ainda tinha o desafio de impedir a propagação do vírus chinês em seu território.

Naquela data, coincidentemente no mesmo dia em que o adiamento da visita de Xi ao Japão foi anunciado, o governo japonês realizou uma reunião do Conselho de Investimentos para o Futuro. Abe, que preside o conselho, disse que queria que as bases de fabricação de produtos de alto valor agregado voltassem para o Japão.

À mesa, estavam presentes líderes empresariais influentes, como Hiroaki Nakanishi, presidente da Federação Empresarial do Japão, o maior lobby comercial do país, mais conhecido como Keidanren.

“Devido ao coronavírus, menos produtos estão vindo da China para o Japão”, disse Abe. “As pessoas estão preocupadas com nossas cadeias de suprimentos”.

Dos produtos que dependem fortemente de um único país para fabricação, “devemos tentar realocar itens de alto valor agregado para o Japão”, disse o líder. “E para todo o resto, devemos diversificar para países como os da ASEAN [Associação de Nações do Sudeste Asiático]”.

As observações de Abe foram claras. Elas ocorreram quando as interrupções atingiram a compra de autopeças e outros produtos dos quais o Japão depende da China, impactando seriamente as atividades corporativas do Japão.

Abe estava formando uma política de “afastar-se da China”. Fonte: Thaís Garcia, Conexão Política. Foto Divulgão.

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