Um novo estudo publicado pela maior revista da área de pneumologia e medicina torácica apontou que o uso de Ivermectina pode estar associado à queda considerável de mortalidade em pacientes hospitalizados e com comprometimento pulmonar grave, decorrente do Covid-19.
Até o momento, a efetividade dos medicamentos estava associada fundamentalmente ao tratamento precoce. O uso para pacientes hospitalizados ganha uma nova evidência a partir do estudo publicado pela revista Chest Journal, maior revista de medicina torácia. Segundo o estudo, a grande maioria dos pacientes combinou o uso de Ivermectina com a Hidroxicloroquina e ou azitromicina, frequentemente usados no tratamento precoce.
Feito em quatro hospitais da Flórida (EUA), a partir da análise dos resultados de pacientes hospitalizados por Covid-19, entre 15 de março e 11 de maio de 2020, o estudo considerou “diferenças significativas” entre os pacientes que usaram a medicação. Dos 280 pacientes, 173 foram tratados com Ivermectina e 107 sem a medicação. A maioria dos pacientes de ambos os grupos recebeu hidroxicloroquina e ou azitromicina, salientou o estudo. A análise mostrou uma menor mortalidade no grupo que utilizou Ivermectina. A baixa mortalidade também foi identificada entre os pacientes com comprometimento pulmonar grave, tratados com o vermicida.Anúncio:
A combinação desses medicamentos já vem sendo conhecida pela efetividade no tratamento precoce do Covid-19. Com o estudo, porém, hospitais ganham nova evidência para inserir a combinação em protocolos de tratamento para casos graves.
A efetividade da medicação já é conhecida há anos. Um dos autores do estudo salienta a quantidade de estudos que apontam para a importância da droga no combate de doenças virais como Zika, Influenza e diversos tipos de Coronavirus, além da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Faltavam apenas os estudos clínicos.
A revista Chest Journal é a maior revista científica da área das doenças respiratórias e torácicas, um ramo bastante específico. Ela é consultada por pneumologistas, cirurgiões torácicos e cardiologistas. A revista possui Fator de Impacto 9,650, considerado alto para uma revista com especialidade tão restrita. O Fator de Impacto é uma medida de avaliação de revistas científicas, que diz a importância de periódicos. Ela se baseia na quantidade de citações que uma revista recebe anualmente.
Para o pneumologista Wagner Malheiros, o estudo representa uma resposta a certos preconceitos de parte da classe médica sobre esses medicamentos.
“Este estudo é muito importante, pois demonstra uma redução expressiva na mortalidade. principalmente nos pacientes mais graves com a associação da Ivermectina”, disse Malheiros, salientando que ainda há resistência de médicos para o uso do medicamento, devido preconceitos disseminados principalmente pelos jornais.
“A grande desculpa para não usar a Hidroxicloroquina e a Ivermectina é que elas teoricamente só funcionariam na fase precoce. Isso é uma mentira”, disse o pneumologista.
Tratamento precoce ainda é o mais indicado (Continua após anúncio).