“O embate entre o ex-presidente Donald Trump, Jack Dorsey, o CEO do Twitter que acabou deflagrando uma guerra contra a livre expressão na América, tornou clara uma coisa que todos nós no fundo já sabíamos mas estávamos com medo de admitir”. (Continua).
“O poder mundial já não está mais nas mãos das estados-nações e seus governantes, mas de alguns bilionários e trilionários, e alguns deles da geração dos millennials. O mundo em que se falava das nações como “potências mundiais,” em que se temia como a Rússia ou a China iriam afetar o mercado mundial — esse mundo está no fim. Política internacional não é mais uma questão de nações soberanas, negociando e pensando de maneira a preservar seus valores coletivos; agora, é uma competição de subserviência entre os governantes nacionais na disputa por verbas oferecidas pelos mesmos guardiães iluminados”.
“Com a instalação do vassalo-mor Joe Biden na Casa Branca, a política nacional americana se tornou uma disputa para ver qual dos políticos repete com mais eloquência os slogans sancionados pelo grupelho iluminado depositário da sabedoria da humanidade. Um exemplo de arrepiar o cabelo: a revista Time confessou nesta quinta-feira (4), que houve sim um conluio entre a mídia, os grandes sindicatos e funcionários do próprio estado, tanto no nível federam quanto estadual, para não permitir a vitória do ex-presidente Trump na disputa pelo segundo mandato. Quem organizou esse conluio? Segundo a Time, “os grandes titãs da economia.” Chamando o esforço organizado de conspiração e de história não contada, a revista diz, em tom de triunfo, que os personagens das sombras revelaram o que fizeram”:
“É importante que o público entenda que a democracia não acontece aleatoriamente ou magicamente. A democracia não se auto-executa. É por isso que os participantes querem que a história secreta de 2020 seja contada, mesmo que pareça um sonho paranoico de uma noite febril – um grupo de pessoas poderosas, muito bem financiado, representando diversas áreas da indústria e ideológicas, trabalhando juntas atrás dos panos para influenciar percepções, mudar regras e leis, guiar a cobertura da mídia e controlar o fluxo da informação. Eles não acreditam que estavam fraudando as eleições. Estavam fortalecendo-as.” (Continua).
“Alguma dúvida ainda? Trump não se encaixava nos planos que os donos do mundo tinham para a América, por isso tinha que ser derrubado a qualquer custo. São os valores que os donos do mundo determinam ser essenciais para o “progresso” que se tornam pauta primordial na discussão de políticas públicas, e o que eles consideram “passé” é vilanizado pela mídia e ignorado pelo governo. A absurda pretensão desse grupo pode ser ouvida nas vozes que hoje são os conselheiros do senil presidente americano. Não bastou a eles controlar as eleições; querem também controlar a nossa percepção da realidade. Na última terça-feira (2) um grupo orientou Joe Biden a apontar exatamente isso: um czar da realidade. Czar é o nome que se dá ao cargo de assessoria à presidência com amplos poderes e muito dinheiro para tratar com uma questão particular. Segundo esses conselheiros, precisamos de um burocrata que nos aponte, a nós vis mortais, o que é ou não é a realidade. É claro que o nome mais adequado para esse cargo se vier a existir teria que sair direto de 1984”:
Ministro da Verdade.
“Os novos donos do mundo detêm como pessoas físicas mais poder do que nações inteiras, por serem CEO’ de companhias bilionárias que controlam as Big Techs, o mercado mundial da comunicação digital, além da distribuição de bens de consumo. O jornal The Epoch Times noticiou recentemente que esses bilionários estão investindo maciçamente na compra de terras. Embora a concentração de terras nas mãos de indivíduos aqui nos EUA pareça até modesta, assusta a notícia de que gente como Bill e Melinda Gates, Bezos e Musk estão se esforçando para se tornarem donos também, quem sabe, da produção agrícola americana”.
“A patética visão de mundo que entroniza alguns iluminados como donos da cultura, da moral e do progresso e considera o cidadão comum, o povo, como uma massa de ignoramus não é estranha à civilização ocidental. Voltando ao século XVI, achamos as raízes dessa divisão. A conversa intelectual da época preconiza uma separação entre “nature” e “nurture,” a natureza e a cultura humana, como a explicação para a diferença entre as sociedades humanas como justificativa para a imposição colonial no Oeste da África e nas Américas. Os selvagens ou bárbaros de outras terras eram bestas feras que ainda não haviam atingido a iluminação cultural da qual os europeus gozavam. Os “civilizados”, os que alcançaram o progresso, tinham o direito de impor a sua perspectiva e estilo de vida aos povos atrasados, retrógrados, estagnados no “estado natural”, ou seja, o estado bárbaro, animalesco, selvagem distante da sofisticação civilizatória que os europeus haviam alcançado. E para aqueles que pensam que o cristianismo foi a visão filosófica que os permitiu fazer essa inferência, sugiro que estudem mais um pouco”.
“Ao contrário do que fomos maliciosamente induzidos a pensar, nature vs. nurture representou um afastamento do pensamento cristão original, que considera a natureza parte do reino de Deus, subserviente a seu plano cósmico, como todo o universo. A concepção tomista não permite o salto que confere a separação total entre a criatura e o Criador. Tanto para Aristóteles quanto para S. Tomás de Aquino, a natureza não pode ser independente em propósito, porquanto criada pelo bem divino. Tudo o que é criação é do propósito divino. O telos divino se revela na natureza ao invés de conflitar com ela. As consequências fatídicas dessa ruptura entre nature e nurture acabou dando no que vemos hoje. Simplificando muitíssimo, e que me perdoem os filósofos pela petulância, eu proponho que o resumo é mais ou menos assim:”
“— Nós humanos não sabemos mais nada, nem nosso destino nem nossa realidade, se ela não nos for informada por alguma fonte que nos “cultive”. Sem essas fontes cultas somos pobres bárbaros à mercê de uma natureza selvagem que nos conduz aleatoriamente ao caos”.
“Voltando aos dias de hoje, essa é a nova religião da turma de Davos. Eles vivem debaixo da presunção de que existe uma cultura superior que vai nos informar sobre o nosso telos tanto individual quanto coletivo, e que não está revelado a não ser a alguns poucos, que por essa razão têm o poder e o dever de nos guiar no caminho certo. Os donos do mundo, em nome de salvar o planeta e a humanidade dela mesma, acreditam possuir o direito de nos forçar essa cultura salvacionista goela abaixo, bem à moda dos europeus dos tempos coloniais”.
“Para quem não acredita ainda no plano do Grande Reset mundial aconselho uma visitinha na página do Fórum Econômico Mundial. O Reset não é uma invenção do Olavo de Carvalho, como alguns ainda tem a estupidez de sugerir. Nas palavras de John Kerry, o “Emissário Especial do Clima” do governo Biden, que se humilhou como um cachorrinho em Davos em novembro”:
— O Grande Reset do capitalismo mundial tem todo o apoio dos Estados Unidos da América, e vai acontecer mais rápido e mais intensamente do que todos esperam.”[2]
— Braulia Ribeiro tem especializações em política latino-americana, bioética e mestrado em divindade pela Universidade de Yale e é doutoranda em teologia política pela Universidade de St. Andrews. É colunista do BSM nos EUA. Fonte e foto: Brasil Sem Medo – Braulia Ribeiro·, acesse e assine esse maravilhoso site.
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