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Reunião termina sem acordo e pescadores prometem amanhã (16) fechar de novo ferrovia

A via é importante para o transporte de mercadores entre o ES e MG.

A reunião entre a Fundação Renova e pescadores atingidos pela tragédia de Mariana terminou sem acordou agora há pouco em Baixo Gandú e o protesto que fecha a ferrovia Vitória-Minas continua sem previsão de acabar. À reportagem, um dos líderes do movimento disse que os pescadores vão passar a madrugada nos trilhos e amanhecer por lá.

Segundo Carlos Nobre, um dos representantes do movimento, a Fundação Renova – criada pela mineradora Samarco para gerir ações de reparação e compensação dos danos causados na tragédia de Mariana – pediu 30 dias para dar uma resposta às reinvindicações dos pescadores com a condição de liberação da ferrovia. Os pescadores negaram.

Eles pedem a inclusão de pescadores que ainda não receberam indenização e auxílio-financeiro, revisão de valores pagos, inclusão de rios, manguezais e mar como áreas atingidas pela Lama de Mariana.

O rompimento da barragem de Fundão, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município brasileiro de Mariana, Minas Gerais, ocorreu na tarde de 5 de novembro de 2015. Rompeu-se uma barragem de rejeitos de mineração controlada pela Samarco, despejando resíduos de mineração no Rio Doce, que cruza os dois estados, além de deixar 19 mortos.

O outro lado – A Fundação Renova informa que está em contato com as lideranças do movimento e reforça que está construindo um ambiente de diálogo para discutir o pleito dos atingidos.

“Desde 2015, já foram desembolsados R$ 1,3 bilhão em indenizações e auxílio financeiro emergencial destinados a mais de 26 mil pessoas. A Fundação Renova reafirma que todos os atingidos serão indenizados pela perda de renda comprovada, reiterando o seu compromisso com a integral reparação”, diz a nota.

Segundo a Renova, “até o momento, cerca de 3,8 mil pescadores no estado do Espírito Santo foram reconhecidos como atingidos, tendo direito ao Auxílio Financeiro Emergencial (AFE) e/ou ao Programa de Indenização Mediada (PIM). Ao todo, foram desembolsados R$ 380 milhões entre indenizações e auxílios financeiros emergenciais para esta categoria.”

ESTRADA DE FERRO VITÓRIA A MINAS
ESTRADA DE FERRO VITÓRIA A MINAS

SAIBA MAIS – Baixo Guandu é um município brasileiro no interior do estado do Espírito Santo, Região Sudeste do país. Localiza-se no vale do rio Doce, a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 180 km. Ocupa uma área de 917,07 km², sendo que 6,48 km² estão em perímetro urbano, e sua população foi estimada em 2017 em 31 794 habitantes. Divisas: Norte: Pancas; Noroeste: Resplendor; Oeste: Aimorés e Itueta; Sul: Laranja da Terra; Leste: Colatina e Itaguaçu.  A Concessionária Estrada de Ferro Vitória a Minas S.A.,também conhecida pela abreviação EFVM, é uma empresa ferroviária brasileira que interliga a Região Metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, a Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais — trecho da EF-262. Sua locação se iniciou no final do século XIX e tinha como objetivo inicial o transporte ferroviário de passageiros e escoar a produção cafeeira do vale do rio Doce e Espírito Santo, no entanto seu foco foi alterado em 1908, passando a visar Itabira e escoar o minério de ferro extraído no município até os complexos portuários capixabas. A partir da construção da via férrea, estruturaram-se povoados que deram origem a novos municípios, tais como Coronel Fabriciano e posteriormente ao Vale do Aço, cujo crescimento industrial só foi possível pela existência da EFVM, que também passou a servir como forma de escoamento da produção das indústrias locais.[5] Em 1994, a ferrovia alcançou a capital mineira, configurando-se como a única no Brasil a fornecer trens de passageiros com saídas diárias a longas distâncias.

 

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