EM LINHARES (ES) Agroindústria de ovos caipiras produzidos no município conquista registro para venda ao mercado consumidor

   Créditos fotos: Secom Linhares / Kevyn Fracalossi

Os ovos caipiras produzidos na localidade de Quartel de Cima, no interior de Linhares, estão prontos para conquistar o mercado consumidor. É que a agroindústria Ovos Caipira da Nona foi a primeira neste segmento regularizada no registro no Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M.), da Prefeitura de Linhares. A empreendedora Clenir Aparecida Zeniboni entregou 30 dúzias para o Supermercado Grassi na sexta-feira (21/7), firmando parceria para atendê-lo três vezes por semana.

 O certificado, emitido pela Secretaria de Agricultura, Aquicultura, Pecuária e Abastecimento de Linhares garante a comercialização de produtos de origem animal dentro do território linharense, atestando a qualidade higiênico-sanitária.

Clenir era lojista de roupas de noivas em Vitória. Em 2017 foi se apaixonando por Linhares, se mudou, e teve a ideia de começar a vender ovos caipira. Hoje, possui em média 720 aves e a previsão é chegar a 3 mil em 2024. A produção diária gira em torno de 650 ovos, comercializados, principalmente, nas feiras livres e entrega em domicílio, além de atender consumidores como o Jocelino Luiz Mantovani que vai até o empreendimento.

“Vou ao supermercado, mas os ovos caipira eu compro aqui, porque sei que o produto é muito bom. Sou cliente desde que começaram a produzir. Vejo que o ovo tem um sabor melhor do que aquele que compramos na rua. Todos da região vêm comprar direto aqui”, comentou. Inclusive, quem quiser fazer pedido de ovos ou esterco, outro produto comercializado, o contato é o (27) 99924-8387 e o Instagram @granjadanona.

Clenir começou sua produção com 50 aves, mas, não teve sucesso. Foi aí que percebeu que precisava de orientação, indo até a Prefeitura, já que estava decidida que queria investir no segmento da agroindústria.

“Em 2026 quero ser uma das maiores produtoras do estado de ovos caipira. Foi muito desafiador para mim, mas é gratificante saber desse sonho realizado e que nada é impossível quando se tem foco. Minha maior satisfação é saber que atendo meu cliente e ele sabe de onde vem os ovos, conhece a maneira que cuido das aves e personaliza o atendimento para cada cliente, quando solicitado”, falou.

Até chegar o produto ao consumidor é feito um trabalho minucioso e com cuidado para garantia de um produto de qualidade. Após a coleta dos ovos nos dois galpões (mais um está em construção) onde são criadas as aves, no entreposto é feita a classificação por tamanhos e a ovoscopia, método que usa uma fonte de luz brilhante nos ovos para mostrar detalhes através das cascas, identificando, como exemplo, trincos que pode comprometer a qualidade do ovo, mas, se identificado o produto é descartado. Na sequência, é feita a embalagem com o selo do registro no Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M.).

Começou do zero

A coordenadora do Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M), Luiza V. Forzza Miguel, e a médica veterinária, Marcela P. Durão, comentou que a primeira iniciativa da Prefeitura de Linhares foi levar a proprietária a Santa Maria de Jetibá, município que é o maior produtor de ovos do Brasil e o maior polo avícola capixaba, para visitas técnicas à Granja Avícola e ao Entreposto de Ovos. Depois começou a movimentação para instalar o empreendimento.

“Auxiliamos desde a parte estrutural, aprovação do projeto, definição do local para instalação e liberação para construir. Clenir começou do zero e isso é excelente, porque a empreendedora já faz dentro do que prevê a legislação”, comentaram.

O secretário de Agricultura, Fabrício Fardin, esteve no empreendimento realizando a entrega do certificado de registro do Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M.) e comentou da importância da regularização das agroindústrias.

“O produto certificado tem maior alcance no mercado municipal e representa a garantia de qualidade e higiene por parte dos consumidores, agregando valor a seus produtos. Temos relatos de produtores que tinham dificuldade de vender seus produtos sem registro e que, a partir do momento que passaram a utilizar do serviço as portas se abriram”, comentou o secretário.