SAÚDE

(DIA 30) VÍDEOS SENSÍVEIS – E, em entrevista, ministro da Saúde de Israel diz que Messias chegará antes da Páscoa; Projeção dos casos do “Vírus Chinês” no Brasil é assustadora, diz jornal Extra; e casos do coronavirus entre os jovens aumentam e dos 391 pacientes em estado grave no País, 48% são pessoas com menos de 60 anos de idade

 Em entrevista ao Chamal News na quinta-feira, o ministro da Saúde de Israel, Yaakov Litzman, foi questionado sobre o que está fazendo para impedir a crescente pandemia de coronavírus em Israel. (Continua).

 

   Litzman respondeu lembrando o povo israelense a lavar as mãos, garantir o distanciamento social e não se reunir em lugares com mais de dez pessoas. O ministro acrescentou que, se as pessoas não cumprirem, será problemático. Ele também acrescentou que “Deus está nos vigiando”.

  Como chefe de um partido ultraortodoxo, são esperadas referências a Deus.  (Continua).

 

  Mas, quando perguntado sobre as chances de Israel continuar sendo encerrado até o feriado da Páscoa, Litzman ofereceu uma resposta pouco convencional, dizendo: “Deus não permita! Oramos e esperamos que Mashiach (messias) chegue antes da Páscoa, pois é um tempo de nossa redenção. Estou certo de que o Messias virá antes de Pessach e nos salvará da mesma maneira que Deus nos salvou durante o Êxodo e fomos libertados. O Mashiach virá e salvará todos nós. (Continua).

  Projeção dos casos do coronavírus no Brasil é assustadora, com progressões geométricas

  A rotina dos hospitais públicos e privados mudou drasticamente a partir do avanço do coronavírus. Ao chegar já com quadro respiratório comprometido, com febre e tosse intermitente, o paciente hoje, no sistema privado, no Rio e em São Paulo, é recebido por uma equipe especialmente escalada para o atendimento. Como definem as regras internacionais, são levados a uma ala específica de UTI, aberta para receber a avalanche de casos. Foi o caso de um paciente que sobreviveu, mas prefere não se identificar, atendido no Copa D’Or, no Rio. Os médicos, com equipamentos de segurança (as EPIs), contam com respiradores e aspiradores em cada leito. A estimativa da direção é colocar à disposição todos os leitos de UTI da unidade (108).

  As perspectivas de crescimento do coronavírus no Brasil apontam progressões geométricas. Tanto na rede pública quanto na privada, a curva de crescimento de quadros de coronavírus até a última quinta chegava a 20% a 30% por dia. O cálculo é feito com dados de todo o Brasil, mas com base em resultados já confirmados pelos exames. O número de suspeitos cresce, mas só é computado depois do resultado concluído. O tempo de demora para o diagnóstico varia de 4 a 5 dias. A base de dados é da rede privada e do Ministério da Saúde. As projeções são feitas com o cálculo percentual em cima desses avanços e com estudos de especialistas em estatística. Por isso há profissionais de ciência de dados no grupo multidisciplinar, que presta assessoria às duas redes.

 — Estamos fazendo projeções de curto prazo. Porque a médio e longo é difícil o resultado preciso. É um vírus ainda desconhecido. Que age em cada lugar de um jeito — diz o pesquisador Fernando Bozzo.

 A projeção é feita para todo o país. Fernando Bozzo alerta para o grande perigo da subnotificação. Não há hospitais privados em 67% dos municípios. Os pacientes com problemas respiratórios são atendidos sem que se examine a possibilidade de contaminação por coronavírus. O que agrava o risco de uma contaminação silenciosa do vírus.

 — A subnotificação é um problema grave, porque há inúmeras regiões em que o diagnóstico não consegue sequer ser feito nos pacientes — alerta Bozzo.

 Hospital de referência no setor privado do Rio, que está tratando exclusivamente de pacientes com casos graves de coronavírus, o Ronaldo Gazzola aumentou em três dias o atendimento com esse quadro: de 12 para 30, de acordo com um dos médicos que atua lá. Até anteontem, o hospital estava se preparando para abrir 50 leitos. A expectativa é que até o começo da semana que vem cheguem 200 respiradores.

 Com a proliferação do vírus, muitos pacientes com sintomas de gripe têm procurado o hospital, que, no entanto, não é de emergência. Atende através do sistema de seleção da secretaria de Saúde, uma central de regulação. Um paciente com sintomas como febre baixa e dificuldades respiratórias, por exemplo, na rede pública, deve procurar primeiro um posto de saúde, se for indicação, uma UPA, em seguida, depois de avaliação, segue para o Gazzola. O hospital Piedade, em Piedade, com 100 leitos, também está sendo preparado para receber pacientes.

 Casos graves de coronavirus  também em jovens

  Dos 391 pacientes em estado grave no País, 48% são pessoas com menos de 60 anos de idade, conforme o Ministério da Saúde .

  Dos 391 casos graves registrados em território brasileiro, 188, ou seja, 48% são pessoas com menos de 60 anos, conforme o Ministério da Saúde. Diante disso, médicos alertam para a necessidade de prevenção, independente da idade.

  O motivo para tanto é que, ainda que a pessoa infectada pelo vírus não morra, pode apresentar complicações ou mesmo ter sequelas.

  “Esse dado acompanha o que temos visto fora do Brasil. Embora a letalidade seja maior para pessoas com mais de 60 anos, a doença atinge pessoas de diferentes faixas etárias. Por isso, é necessário que todos se protejam”, explicou o presidente da Sociedade de Infectologia do Estado do Espírito Santo (Sies), Alexandre Rodrigues (Foto). (Continua).

 

  Ele alerta que, uma vez infectada, a pessoa pode ficar semanas internada, às vezes, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), podendo precisar de ventilação mecânica ou mesmo da realização de uma traqueostomia, um procedimento cirúrgico que consiste em criar um orifício na traqueia do paciente, para facilitar a respiração.

  “A doença pode levar a diversas complicações. Assim sendo, é preciso que a gente intensifique as medidas de prevenção. O princípio geral para que consigamos fazer isso é a restrição de circulação, fechamento de serviços, como já vem sendo realizado”, destacou.

  A opinião é compartilhada pelo infectologista Paulo Peçanha. Segundo ele, o isolamento social deve ocorrer de maneira universal, ou seja, deve ser praticado por todas as pessoas, a fim de achatar o pico de transmissão da doença.

  “Isso que está acontecendo por causa do coronavírus é o começo. O pior ainda está por vir. Sendo esse o caso, que a gente esteja preparado para lidar com a situação da melhor maneira”, disse.

 Além do isolamento, é fundamental manter alguns cuidados, como higienizar as mãos constantemente, seja com água e sabão, ou álcool em gel, e evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.

 Fontes: Blog do Silas, A Tribuna (ES) e Extra (Rio).  Foto: Dayane Souza (AT).

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