SAÚDE

Artigo – Meu filho não quer comer – por pediatra e neurologista infantil Clay Brites

 

 

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*Dr. Clay Brites é pediatra, neurologista infantil e um dos fundadores do Instituto NeuroSaber

A primeira coisa que oriento aos pais quando a criança não quer comer é que levem a um profissional para que seja feita uma avaliação pediátrica, nutricional e, especificamente, com um nutricionista especializado em problemas alimentares.  A abordagem deve ser multidisciplinar e ampla. (Continua).

 

 A intenção é entender o porquê da criança se recusar a comer. Às vezes, os pais dão muito leite ou até mesmo dão uma quantidade exagerada de alimentos não essenciais. A criança acaba se satisfazendo com alimentos que podem ser inadequados para o perfil nutricional ou para as necessidades reais dela.

Problemas comportamentais ou sensoriais podem ainda estar impedindo-a de se alimentar de forma diversificada. Outro fator que pode interferir são os transtornos de neurodesenvolvimento como autismo ou como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), que costumam estar relacionados a problemas de seletividade alimentar. Ou seja, é fundamental uma avaliação adequada.

No geral, muitas não comem porque não aprenderam a comer e ter rotina alimentar, que requer ampla participação dos pais. Fazer um alimento mais criativo ou colorido pode ajudar em alguns casos. Porém, o mais importante é a família criar o hábito de se sentar junto à mesa com a criança e criar uma rotina alimentar utilizando os talheres, pratos, movimentos de atenção para que a criança visualize e aprenda.

Se a criança tem um mau hábito alimentar como comer ou ingerir alimentos inadequados em horários inadequados, em horários em que ela vai ficar saciada antes de começar a almoçar ou jantar, ela vai ter repúdio à comida naquele momento. Então é muito importante, dentro da rotina alimentar, não comer coisas fora do horário adequado e evitar alimentos que saciem antes das principais refeições. Este é o primeiro passo!

Tudo na infância se faz aos poucos, devagar. Não adianta forçar. Mas é necessário buscar ajuda para uma orientação aprofundada. Um especialista vai ajudar a criar um passo a passo do que fazer.

(*) Dr Clay Brites é Pediatra e Neurologista Infantil (Pediatrician and Child Neurologist); Doutor em Ciências Médicas/UNICAMP (PhD on Medical Science); Membro da ABENEPI-PR e SBP (Titular Member of Pediatric Brazilian Society); Speaker of Neurosaber Institute (https://institutoneurosaber.com.br/ ).

 

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