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Atualizada em 21/11/2022
O coraçãozinho dela ainda vai bater muito em outra criança’, disse a mãe em entrevista.
Os pais da estudante Ana Laura da Mata Mattos, de 11 anos, tiveram um dos gestos mais nobres do ser humano. Após ela morrer na última quinta-feira (27/08) devido a um AVC (Acidente Vascular Cerebral) dentro da escola, eles decidiram doar os órgãos.
A captação dos órgãos foi realizada Santa Casa de Franca. Um avião da (Força Aérea Brasileira) realizou o transporte até o aeroporto de Congonhas, na capital.
Ao portal Sampi Franca, a mãe de Ana Laura, a vendedora Gabriela Aparecida da Mata, 34 anos, disse que deixou a filha na escola, como de costume, e horas depois recebeu a notícia de que a menina havia passado mal. “Deixei minha filha na escola normal. Por volta das 16h45, ela passou mal, começou a entortar o corpo, a boquinha, foi perdendo a fala e os sentidos. A diretoria a socorreu para o pronto-socorro”, lembra a mãe.
A menina foi intubada e transferida para a Santa Casa da cidade e estava reagindo ao tratamento até sexta-feira (21), mas a partir de sábado (22), não teve mais reações. Na quarta-feira (22), foram realizados todos os testes, que constataram a morte cerebral.
“Tenho certeza, que ela lá de cima está vendo esse gesto e feliz por isso. O coraçãozinho dela ainda vai bater muito na vida de outra criança. E essa criança vai ser muito abençoada também. Eu creio muito nisso”, finalizou Gabriela.
Mais de 45% das famílias recusam doação de órgãos em 2022; Saúde faz campanha
Atualmente, mais de 59 mil pessoas estão na fila à espera de um órgão no país; recusa familiar é um dos principais entraves para a realização dos procedimentos.
O Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza transplantes, atrás apenas dos Estados Unidos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2021, foram feitos cerca de 23,5 mil procedimentos. Desse total, cerca de 4,8 mil foram transplantes de rim, 2 mil de fígado, 334 de coração e 84 de pulmão, entre outros. O país tem mais de 600 hospitais de transplantes autorizados.
No país, a doação de órgãos e tecidos acontece somente após a autorização familiar. Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em uma lista de espera única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública de saúde.
A recusa familiar é o principal motivo que impede a doação de órgãos no Brasil, de acordo com uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 43% das famílias recusaram a doação de órgãos de seus parentes após morte encefálica comprovada em 2021. Atualmente, mais de 59 mil pessoas estão na fila esperando por um órgão. Em 2022, mais de 45% das famílias não concordaram com a doação.
Com o objetivo de promover a conscientização sobre a importância dos transplantes, o Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, uma campanha nacional de incentivo à prática. De acordo com o ministério, a campanha será veiculada em TV, rádio, mídia exterior em lugares de grande circulação de pessoas, em portais online, além de redes sociais. O material também mostra a importância de conversar e manifestar o desejo da doação para os familiares, que serão os responsáveis por essa decisão.
Fonte: Leia mais em: https://www.saocarlosagora.com.br/regiao/regiao-apos-menina-de-11-anos-morrer-de-avc-pais-doam-os-orgaos/152548/
Com informações do Sampi Franca.
Fonte 3 – https://www.cnnbrasil.com.br/saude/brasil-e-o-2o-no-mundo-em-transplantes-saude-lanca-campanha-de-incentivo/#:~:text=O%20Brasil%20%C3%A9%20o%20segundo,84%20de%20pulm%C3%A3o%2C%20entre%20outros.
