Política

NILSON FREIRE: “O país dos contos de fadas e do verde-floresta na bandeira” – Artigo

Para entender o momento em que vive a sociedade brasileira, é importante contextualizar duas décadas da nossa história política nacional e a sintonia dela com a evolução social no mundo. *Compartilhe, para que mais pessoas leiam.

O processo de inclusão das minorias nas discussões socioeconômicas mundiais, deu aos partidos de esquerda as ferramentas para injetar crescimento e conquistar o poder. A principal manobra estratégica e política foi a de que a soma destas minorias formaria um todo harmônico. Com isso, boa parte de nossa sociedade, votante, consolidou esta nova liderança e o controle político do Brasil.

Como no livro “Revolução dos Bichos”, de George Orwell o grupo que se tornou revolucionário torna-se igual aos seus antecessores, os antigos donos da fazenda. Tal qual na literatura, essa mistura desconstruiu a esquerda brasileira.

Segundo a terceira lei de Newton, que afirma que a toda ação corresponde a uma reação de igual intensidade, algo neste sentindo se deu no país, mas que num sentido oposto.

Aplicando a lei da física na política brasileira, a direita reuniu as anti-minorias, que estavam adormecidas, e incorporando a outra realidade do Brasil de fusão aos grupos religiosos extremistas, de conservadorismo arcaico, culminando no apogeu de uma política liberal, sequestrando este poder, agora com uma liderança confusa, onde contrapor a esquerda tornou-se necessário para a unidade do grupo que se levantava. E tudo que a esquerda fez, na opinião deles, deveria ser demolido. (Continua).

 

  Com este ponto de vista, desmontar as políticas de controle do desmatamento, por exemplo, passou a ser uma das principais pautas do mandatário do Palácio da Alvorada. E o cuidado com o meio ambiente perdeu espaço para a teoria da expansão da agricultura, beneficiando criminosos que desmatam, incendeiam, destroem biomas importantes, principalmente a Amazônia e o Pantanal, com a total impunidade.

Voltando à “A Revolução dos Bichos”, novamente vemos o novo grupo atual se misturar com os antigos lideres, neste caso com o Centrão, grupos de políticos que vão para onde estão os benefícios pessoais. Mas a cereja do bolo está nas investigações que colocam o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, no centro de um suposto esquema criminoso, de grandes proporções, e que pode derrubá-lo do principal argumento basilar da direita: corrupção zero. Pilar este que já apresentava trincas, devido aos processos licitatórios para combater a pandemia da Covid19, entre muitas outras evidências.

Neste cenário sombrio de hoje, o Partido Verde, que é entusiasta da preservação das florestas e da biodiversidade, não se coloca nem a esquerda e nem a direita e sim à frente. O partido busca entender as questões urgentes e caras aos brasileiros e tenta garantir coerência para, juntos, chegarmos a uma economia mais forte e sem desvencilhar do olhar sobre o meio ambiente e o nosso habitat.

Nosso país precisa de bom senso, de equilíbrio e de coragem para fazer o que é melhor para cada brasileiro e descolar de ideologias extremistas e equivocadas, que destroem e matam, para realmente caminhar em direção a um Brasil de fato para todos.

 Por: Nilson Freire – É arquiteto em Linhares (ES) , humanista, ambientalista e  Vice-Presidente Estadual do PV no Espírito Santo.

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