BARRAGEM DUAS BOCAS CARIACICA ES RADARGERAL
Polícia

Três barragens do ES apresentam falhas na estrutura, segundo relatório da ANA

O relatório da Agência Nacional das Águas foi divulgado no final de 2018, com dados levantados durante todo o ano de 2017, segundo o portal Folha Vitória.

Três barragens do Espírito Santo, de responsabilidade do poder público, estão com a estrutura comprometida. Segundo o relatório divulgado pela Agência Nacional das Águas (ANA) no fina Duas Bocas, em Cariacica, está com a idade avançada e apresentou anomalias na estrutura. Ela é responsável pelo armazenamento de água para o abastecimento de parte do município de Cariacica.

Já nas barragens de Santa Julia e Alto Santa Júlia, em São Roque do Canaã, os problemas indicados pela fiscalização são fissuras no barramento em concreto e percolação sob barramento de concreto, ou seja, a penetração da água pela estrutura. Assim como a de Duas Bocas, elas não são de rejeitos e armazenam água para o abastecimento da região. Todas as três recebem fiscalização da Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH).

Em 2017, o Espírito Santo possuía 28 barragens cadastradas, sendo 19 classificadas quanto à Categoria de Risco (CRI) e Dano Potencial Associado (DPA). Segundo o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF), que é o órgão responsável pelas licenças de barragens, no mesmo ano, existiam cerca de 9.300 barragens regularizadas, enquanto na AGERH, que é o órgão responsável por emitir outorgas, tinha em seu cadastro, 2.917 barragens outorgadas.

“Esse cenário nos leva a considerar o número significante de barragens que não possuem outorga e estão ocultas no que concerne à segurança de barragens, uma vez que é notório que muitas delas têm potencial para causar perdas de vidas e de bens consideráveis, se vierem a romper”, diz a AGERH no relatório.

SAIBA MAIS – Dados do relatório de Segurança de Barragens de 2017 apresentam um  levantamento de 2017 com uma lista de 45 barragens que, segundo 13 órgãos de controle, teriam situação preocupante, “por possuírem algum comprometimento importante que impacte a sua segurança”. A barragem de Brumadinho, da Vale, não aparece na relação nem mesmo é citada no relatório.

Entre os 45 empreendimentos com problemas estruturais, a ANM apresenta cinco barragens, todas em Minas Gerais, mas nenhuma delas da Vale. Os dados apontam ainda que Agência Nacional de Mineração (AMN) é responsável pela fiscalização de 790 barragens de rejeito pelo País. O trabalho de fiscalização, porém, limitou-se a apenas 211 vistorias ocorridas em 2017, o que equivale a 27% dessas instalações.

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