Conforme o irmão, Rayane cursava faculdade de fisioterapia e nunca foi envolvida em criminalidade.
“Não se envolvam com quem não sabe o que mechem. Prestem atenção com quem andam”.
Rodrigo Santana, irmão da universitária morta por policial e suspeita de dar cobertura a assaltantes em uma casa de carnes na Serra, sábado (2), lamentou a morte da irmã. Segundo ele, Rayane dos Santos Santana passava “por depressão depois da morte da mãe, Leda Santos Santana, morta em um acidente na madrugada de oito de julho de 2017 após o carro onde ela estava bater num muro no bairro Serra Dourada, na Serra, Região Metropolitana da Grande Vitória.
Leda estava de carona no EcoSport, quando foi arremessada fora do carro, por volta das 03 h horas de 8 de julho, pois estava sem cinto de segurança. “Desde então minha irmã entrou em depressão, ficou perdida. Ela fez tratamentos psicológicos e psiquiátricos, mas acabou deixando se levar pelas más amizades. Eu nem consigo acreditar que depois de perder minha mãe perco minha irmã desta forma. Ela não precisava disso”, lamentou ele.
Conforme o irmão, Rayane cursava faculdade de fisioterapia, nunca foi envolvida em criminalidade, recebia pensão muito boa da mãe, suficiente para se manter. “Fazia faculdade particular e pretendia pagar a minha também. Acho que ela foi atender pedido de um amigo, sem saber da gravidade e do risco em que se estava se metendo. Ela não estava bem da cabeça desde a morte de minha mãe. Ela estava triste e só falava de morte”.“Era estilosa, bonita e vaidosa, e queria virar blogueira e ia dar entrada na pensão do pai para comprar um apartamento para vivermos com o aluguel”, lembrou.
E dá um recado para as meninas: “Não se envolvam com quem não sabe com o que mechem. Prestem atenção com quem andam e não se envolvam com coisas erradas para ajudar más amizades. Ela estava no lugar errado, na hora errada”, afirmou. A entrevista foi ao portal gazetaonline, de Vitória.
SAIBA MAIS – O total de mulheres condenadas pelos chamados ‘crimes contra o patrimônio’ aumentou 402% entre 2005 e 2011. “Sempre teve mulher fazendo coisa errada. O que muda é que, antes, elas ingressavam no crime porque eram namoradas ou casadas com bandidos. Agora, não. São chefes de quadrilha e agem por conta própria”, Paul Henry Bozon Verduraz, delegado da Polícia Civil. Os números mostram dois momentos distintos do sistema penitenciário nacional: dezembro de 2005 e junho de 2011. Enquanto há sete anos existiam 2.006 mulheres encarceradas por infrações que vão de furto e roubo simples até extorsão mediante sequestro, no ano passado 6.072 mulheres foram condenadas pelos mesmos motivos. No mesmo período, houve aumento de 97% nas condenações de homens em casos similares.
