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Polícia

Crianças recebiam alimentos vencidos ou de má qualidade na merenda escolar em Jaguaré e Fundão no Norte do Estado

Pelo menos oito cidades do Estado tiveram fraudes na merenda, segundo investigação.

A merenda escolar servida aos alunos da rede pública, de pelo menos oito cidades do Sul do Estado, continham alimentos vencidos ou de má qualidade. A informação foi divulgada a partir de uma investigação da Polícia Federal, no âmbito da Operação Snack Zero, deflagrada nesta terça-feira (19).

Doze mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta terça-feira (19). 52 policiais participam da operação, segundo o tribuna online.

Segundo a Polícia Federal, as investigações começaram em 2017, após a suspeita de cartel entre as empresas envolvidas nas licitações para compra de material escolar nas oito cidades: Marataízes, Fundão, Jaguaré, Vargem Alta, Muqui, Castelo, Rio Novo do Sul e Piúma. Nove empresários, de quatro diferentes empresas, combinavam preços de modo a elevar o custo da merenda escolar para os cofres públicos.

Em entrevista coletiva, o delegado Leonardo Damasceno informou detalhes de como funcionava o esquema. Como parte do esquema, os suspeitos faziam acordos com os servidores de almoxarifados, oferecendo vantagens indevidas, para que os mesmos fossem recebidos com qualidade ou quantidades inferiores aos contratados.

Ainda segundo o delegado, nas investigações preliminares já se configura o crime de corrupção ativa. Para o delegado, este é mais um indício de irregularidades.  Ainda durante as investigações, a Polícia Federal descobriu que os alimentos da merenda escolar, servida às escolas municipais de oito cidades do Sul do Estado, eram vencidos ou de má qualidade. Segundo o delegado, este é um agravante na punição aos envolvidos.

“Isso é estremamente grave, principalmente em se tratando de merenda escolar, colocando em risco a segurança dos nossos alunos”, afirmou o delegado.

Ainda segundo o delegado, as investigações vão continuar, podendo ser ampliadas para os outros municípios do Estado. “Estamos recolhendo muitos materiais nesta terça-feira e vamos começar a analisar estes materiais, para avançar nas investigações. Estamos separando o joio do trigo e definindo a participação de cada um”, explicou. Caso condenados, os envolvidos podem ser enquadrados nos crimes de fraude ao caráter competitivo de licitações (detenção, de 2 a 4 anos), fraude mediante venda de mercadoria deteriorada (Pena – detenção, de 3 a 6 anos), associação criminosa (Pena – reclusão, de 1 a 3 anos) e corrupção ativa (Pena – reclusão, de 2 a 12 anos).

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