O cigano Nestor Ribeiro Dantas foi condenado a 18 anos e nove meses de prisão em regime fechado, em julgamento nesta terça-feira (17), pela morte da ex-mulher dele, Marcilene Cussuol, que ocorreu em 2006, em Linhares.

 O mandado de prisão já foi expedido. Ele ainda pode recorrer da decisão. (Continua).

 O júri durou cerca de oito horas no Fórum de Linhares. Pela manhã, uma das irmãs da vítima foi ouvida na condição de informante do Ministério Público Estadual (MPES). (Continua)

 Ela disse que Marcilene era ameaçada de morte por Nestor e que também havia sido agredida por ele.

 À tarde, o advogado de Nestor fez a defesa dele, mas o júri popular entendeu que foi ele quem matou Marcilene. Para a família, foi um alívio depois de tantos anos. “A justiça foi feita. Não traz ela de volta, mas a gente fica com o coração mais aliviado”, disse a irmã da vítima, Marinilda Cussuol. (Continua).

 Marcilene foi morta com dois tiros dentro de um carro, no bairro Três Barras, em Linhares. A morte chocou a cidade. Na época, para justificar o crime, Nestor disse que ele e a ex-mulher foram vítimas de um assalto e que ela havia sido atingida por disparos dos criminosos. (Continua).

 A família nunca acreditou nessa versão e sabia que o cigano não aceitava o fim da relação. “Na versão que ele deu, desde o início, tinham muitos fatos errados, muitos fatos que não batiam e foi comprovado que o que ele fez foi que ele matou a minha irmã de uma forma fútil, e agora foi comprovado que a versão que ele tentava sustentar desde o início não foi comprovada e que ele é o assassino da minha irmã”, disse a outra irmã de Marcilene, Marilene Cussuol.

 Na época do crime, Nestor chegou a ser preso, mas conseguiu na Justiça o direito de responder em liberdade.

 No julgamento desta terça-feira, ele não estava presente. Segundo a defesa do cigano, foi uma decisão do próprio.