O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) resolveu participar do mercado financeiro a partir da Bolsa de Valores brasileira (B3). (Compartilhe essa notícia para que mais pessoas saibam).
No entanto, na última sexta-feira (30), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anulou temporariamente, por 30 dias, a iniciativa.
“Segundo a área técnica da Autarquia, a oferta não apresenta informações consideradas essenciais para que investidores tomem as suas decisões. Essa decisão foi tomada tendo em vista que os ofertantes deveriam incluir, nos documentos da oferta, informação sobre a vinculação dos devedores do lastro dos CRA [Certificados de Recebíveis do Agronegócio] ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)”, diz um trecho do documento publicado no site da CVM.
Apesar de ser crítico ao capitalismo, o MST abriu financiamento por meio dos CRA, que é uma espécie de título de renda fixa, para suas comunidades assentadas e cooperativas.
Os títulos seriam vendidos com valor inicial de R$100,00 e prometiam render 5,5% a.a. para quem os comprasse, assim o grupo estimava arrecadar cerca de R$17 milhões por ano. Os valores seriam destinados a grupos assentados em cooperativas nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. (continua).