Economia

MOEDA ÚNICA – Brasil e Argentina estudam uma que já tem até nome – “SUR”, diz Financial Times – “Não existe proposta de moeda única, vai se informar”, disse em janeiro Haddad a repórter (VEJA VÍDEO DO MINISTRO NEGANDO)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Brasil e Argentina devem analisar a criação de uma moeda comum do Mercosul (Mercado Comum do Sul) durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país, de acordo com o jornal britânico Financial Times.

O plano seria impulsionar o comércio e reduzir a dependência do dólar. No entanto, os países continuariam usando paralelamente suas moedas locais: o peso e o real.

Segundo a reportagem, a ideia será discutida em uma cúpula em Buenos Aires neste semana e outros líderes da América Latina também foram convidados a participar. A sugestão brasileira é que a moeda se chame “sur”.

O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, disse ao jornal britânico que se trata de um projeto bilateral entre as maiores economias da América do Sul e seria apresentado aos outros países da América do Sul como um “convite”.

Massa afirmou ainda que Brasil e Argentina devem discutir possíveis estudos sobre a viabilidade do projeto.

“Haverá uma decisão de começar a estudar os parâmetros necessários para uma moeda comum, que inclui desde questões fiscais até o tamanho da economia e o papel dos bancos centrais”, disse.

“Não quero criar falsas expectativas. É o 1º passo de um longo caminho que a América Latina deve percorrer”, afirmou Massa.

A ideia, mesmo que confirmada, pode demorar anos para se concretizar. O ministro lembrou que a UE (União Europeia) levou 35 anos para criar o euro.

Pessoas envolvidas na negociação afirmaram ao Financial Times que a medida já foi discutida nos últimos anos, mas fracassou diante da oposição brasileira a ideia. O assunto voltou a ser cogitado depois da ascensão de 2 líderes de esquerda nos países.

No 3º dia de governo Lula, o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, já havia afirmado que os países iriam trabalhar juntos pela “moeda comum” do Mercosul. A declaração foi dada logo depois de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

No entanto, Haddad negou a proposta 2 dias depois. Segundo a Agência Estado, o petista disse que “não existe uma moeda única, não existe essa proposta”.

De acordo com a reportagem divulgada pelo jornal britânico, um comunicado oficial sobre o assunto deve ser realizado durante a visita de Lula à Argentina. O presidente desembarca neste domingo (22.jan.2023) em Buenos Aires, para uma série de encontros bilaterais com países da América do Sul e para o retorno do Brasil à Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

Essa é a 1ª viagem internacional do chefe do Executivo depois de ter tomado posse, em 1º de janeiro. Desde que foi eleito, em outubro do ano passado, Lula já havia indicado que priorizaria uma visita à Argentina. Ele chegou a prometer a viagem para antes da posse, mas postergou a ida para janeiro devido às articulações para montar seu governo.

A Argentina foi estratégica nos 2 primeiros governos do petista (2003 a 2010) e um dos países mais visitados por Lula. Em 2002, ele escolheu o país vizinho para sua 1ª viagem como presidente eleito. O petista foi ao país em 2 dezembro daquele ano. Em janeiro de 2003, o então presidente argentino, Eduardo Duhalde, visitou o Brasil.

 

“Não existe proposta de moeda única, vai se informar”, diz Haddad a repórter

Na terça-feira (3), embaixador da Argentina disse que discutiu a ideia com o ministro da Fazenda durante encontro em Brasília.

Dois dias depois da notícia de que o Brasil e os países vizinhos estariam discutindo a possibilidade de criação de uma moeda única para o Mercosul, o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse a jornalistas que não existe tal proposta.

“Não existe moeda única, não existe essa proposta. Vai se informar primeiro”, disse o ministro, irritado, ao responder rapidamente a pergunta feita por um repórter na saída do evento de posse de Simone Tebet no Ministério do Planejamento, onde a emedebista irá trabalhar ao lado de Haddad.

Na terça-feira (3), após encontro com o ministro da Fazenda brasileiro em Brasília, o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, afirmou que ambos discutiram a criação de uma moeda comum para o bloco sul-americano.

O objetivo, de acordo com Scioli, é fortalecer o bloco comercial e ampliar o vínculo entre os países da região. Para ele, a ideia não é criar uma moeda única como o euro — moeda oficial dos países-membros da União Europeia —, mas, sim, uma para o bloco.

Sobre a moeda comum, nós trabalharemos. Não significa que cada país não tem sua moeda, significa uma unidade para integração e aumento do intercâmbio comercial em todo este bloco regional”, disse o embaixador.

“E, como disse o presidente Lula, fortalecer o Mercosul, ampliar a união latino-americana, é muito importante”, acrescentou.

Tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quanto ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, já defenderam a implementação de uma “moeda única” para os países latino-americanos.

Para especialistas ouvidos pela CNN, porém, a ideia esbarra em dificuldades das distintas realidades de cada país, o que envolve diferentes mecanismos de política monetária e, também, a falta de órgãos controladores.

Continua:

 

Créditos: Poder 360.

Vídeo: CNN Youtube.

Fonte 2: https://terrabrasilnoticias.com/2023/01/brasil-e-argentina-estudam-criacao-de-moeda-unica-que-ja-tem-ate-nome-diz-jornal/

Fonte 3: https://www.cnnbrasil.com.br/business/nao-existe-proposta-de-moeda-unica-vai-se-informar-diz-haddad-a-reporter/

Foto: REUTERS/Carla Carniel.

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