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Economia

Índios perdem “cascaio” e fazem protesto em Aracruz (ES)

Eles reivindicam a alteração da medida provisória do Governo Federal que passa a responsabilidade do atendimento de saúde aos povos indígenas para os municípios, segundo o Folha Vitória.

Indígenas estão interditando três pontos das rodovias ES-010 e ES-257 durante a manhã e a tarde desta quinta-feira (31), na altura do município de Aracruz, no norte do Espírito Santo. A manifestação começou por volta das 10h30.

Eles reivindicam a alteração da medida provisória do Governo Federal que passa a Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Agricultura. A ação foi uma das primeiras a serem tomadas pela gestão do presidente Jair Bolsonaro. Outras cidades do país também estão tendo protestos de indígenas.

Para os índios do Espírito Santo, um dosprincipais impactos da medida é passar a responsabilidade do atendimento de saúde aos povos indígenas para os municípios.

Os manifestantes interditam as duas faixas da pista. Próximo ao Posto 11 da rodovia ES-010, são trinta manifestantes; na rodovia ES-257, perto de uma fábrica de papel e celulosa, 20 pessoas bloqueiam ambos os sentidos e na altura da aldeia Caieiras Velha, são 50 manifestantes interditando os dois sentidos.

´De acordo com Lindomar de Almeida Silva, de 43 anos, que faz parte do apoio técnico de saúde do município, a medida prejudicará a prestação de saúde às aldeias da região. “Hoje o atendimento é garantido pelo Governo Federal. São cinco equipes que atendem as aldeias da região. Com a nova política (de municipalização), teríamos apenas uma equipe para atender uma população de 4 mil indígenas. Seria um retrocesso”, conta o representante.

O indígena Walter Santos, de 21 anos, pertencente à etnia Guarani, reclama sobre cortes em recursos destinados aos índios da localidade. “Está sendo cortado o recurso para o trabalho e manutenção da saúde indígena. Fechamos a pista em tom de conseguir chamar a atenção para eles verem que isso é errado, porque qualquer ser humano tem direito de ter a saúde indígena. Em vários lugares está sendo feito isso”, diz o índio, que se identifica também com o nome indígena Kara’i Djekupe.

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